O meu lugar na multidão

Em muitas dos momentos que vivo me vejo querendo controlar as situações ao meu redor, trazendo a tona o meu lado onipotente. No meio de tantas coisas a minha cabeça se perde desejando o melhor para determinada pessoa ou família como se a minha verdade prevalecesse no meio de tantas e fosse a melhor escolha.

Deixar o outro guiar um situação que você tão naturalmente guiaria, ver os olhos de um amigo perdido no meio de uma multidão de sorrisos e não poder nem abraçar por aprender através do extremo que naquele momento é um momento particular onde os pensamentos se vão, a tristeza invade, a saudade de quem já se foi aperta, mas depois se vai... E eu não posso mudar isso, arrancar isso como sendo fácil, como não sendo nada! 



Não há certeza de nada, não sou melhor do que ninguém e muito menos se minhas escolhas são certas e erradas, creio que isso vai além do negro ou branco da vida e sim dos tons de cinza que cada família escolhe viver.

Não existe certeza, não existe um único meio para se chegar a determinado lugar, qual caminho cada um escolhe viver pode ser considerado errado aos meus olhos, mas isso não significa que é errado. Não sou a dona da verdade e preciso entender que muitas vezes o meu papel é ficar quieta. Isso não significa que ele é mais ou menos importante e sim que é o meu papel naquele lugar... naquele momento.





Ver e sentir que eu poderia ter sido mais autoritária e tomado a frente da situação mudando o cenário que vivi, afinal acabaríamos falando mais, expondo um pouquinho o que um ou outro sente, sobre suas dificuldades... Dar a oportunidade para aqueles que ainda não conseguem a criar me machuca, mas ao mesmo tempo não é o meu papel e tenho que descobrir qual que é e com que intenção fazia tudo isso. 

Não entendo o que o coração de cada um sente. Sei que por mais que deseje é impossível resolver todos os problemas do mundo de cada um, mas quando não vi acontecer aquilo que eu considerava o melhor, aquilo que eu gostaria que acontecesse me senti uma pessoa impotente, tendo a sensação que o meu dever não foi cumprido. 

Não invadir o espaço do outro... Não ultrapassar os limites que mostram a minha humanidade, saber que muitos dos momentos podem ser transformados em algo eterno, mais que um natal e sim uma semente para toda a vida, para a mudança de uma família, para a mudança de gerações. Tamanha felicidade a minha em ver o tio orando antes da refeição... Isso foi uma semente plantada e regada por ele para chegar aonde chegamos. 


Qual é o meu papel Deus? Porque estou aqui? Me mostra o limite entre o seu querer e o meu querer para que eu seja instrumento do sobrenatural que existe apenas em você.

Para que eu existo?   
 

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